terça-feira, 10 de agosto de 2010

Natação

Europeu de Budapeste: Diogo Carvalho e Carlos Almeida nas meias-finais


Europeu de Budapeste: Diogo Carvalho e Carlos Almeida nas meias-finais

Diogo Carvalho (2:01.77) e Carlos Almeida (2:02.75) obtiveram hoje a qualificação para as meias-finais da prova de 200 metros estilos do 30.º Campeonato da Europa, competição que está a decorrer em Budapeste, o que acontece pela 7.ª vez na história da natação portuguesa.

Diogo Carvalho obteve o 11.º lugar e Carlos Almeida o 17.º nas eliminatórias, tendo o nadador da Amadora beneficiado do apuramento de três nadadores húngaros para as meias-finais e apenas podem competir dois de cada país.

É a 7.ª vez que Portugal qualifica dois nadadores para as meias-finais na mesma prova em Campeonatos da Europa, e a 4.ª no sector masculino.

Diogo Carvalho é o recordista nacional na distância, com 1:59.96, e Carlos Almeida tem como melhor marca de sempre 2:01.78, registo obtido no Mundial de Roma, disputado em Agosto do ano passado.

Carlos Almeida vai nadar esta tarde a primeira meia-final e Diogo Carvalho a segunda.



Diogo Carvalho: “Nível está muito mais forte”

Diogo Carvalho conseguiu o apuramento numa prova em que obteve o 6.º lugar no último Europeu, em Eindhoven 2008. O nadador de Aveiro considera que ”o nível está muito mais forte que há dois anos em Eindhoven.”

O olímpico português confessou que “espero melhorar na meia-final, mas dei o máximo de manhã e vamos ver como corre”. Nas eliminatórias “senti-me bastante bem até aos 150 metros, mas nos últimos 50 senti-me muito preso, muito duro e não consegui acabar tão bem como gostaria e como estou habituado.”



Carlos Almeida: “Segunda oportunidade para melhorar a marca”

Carlos Almeida conseguiu o apuramento para uma meia-final de um Campeonato da Europa pela primeira vez na sua carreira. O nadador começou por dizer que a qualificação “foi um pouco de sorte, porque o tempo foi razoável, mas não foi um tempo bom. Estou contente por ter uma segunda oportunidade para melhorar a marca.”

“Os meus primeiros 100 metros foram um bocado lentos, o que é compreensível, sendo as eliminatórias disputadas de manhã. Por isso é que tive sorte, porque a este nível tem que se entrar logo forte de manhã e não há desculpas porque é de manhã que se ganha o lugar à tarde. Eu tive sorte e agora tenho que aproveitar a oportunidade”, acrescentou.



in FPN
 
 
 
 
 
 
Europeu de Budapeste: Sara Oliveira iguala recorde nacional


 
 
Sara Oliveira igualou o próprio recorde nacional dos 50 metros mariposa, no primeiro dia de competição da Natação Pura no 30.º Campeonato da Europa que está a decorrer em Budapeste.

Sara Oliveira nadou as eliminatórias em 27.44, igualando o recorde nacional que estabeleceu em Maio deste ano. A nadadora portista ficou em 18.º, falhando a qualificação para as meias-finais por dois lugares. A 16.ª classificada obteve a marca de 27.19. O Europeu é disputado em oito pistas, e não nas dez que passaram a vigorar desde Julho de 2009.

Duarte Mourão melhorou o recorde pessoal nos 50 metros mariposa em um centésimo de segundo, ao fazer o tempo de 24.79, que correspondeu ao 32.º posto.

Nádia Vieira obteve a melhor classificação lusa, com o 14.º lugar nos 400 metros estilos. A internacional portuguesa registou a marca de 4:53.48, acima do seu recorde nacional de 4:50.58. As prova a partir dos 400 metros apuram directamente para as finais, não tem meias-finais.

Pedro Oliveira foi 31.º nos 100 metros costas, com 57.41, registo superior ao recorde pessoal (56.69) estabelecido no Mundial de Roma.

Marta Marinho terminou os 200 costas em 2:22.27 (34.º), acima do máximo pessoal de 2:18.29.

Carlos Almeida classificou-se em 39.º nos 100 bruços, com 1:02.53. O nadador tem como melhor tempo 01:02.46.



Sara Oliveira: “Missão 99 por cento cumprida”

Sara Oliveira igualou o recorde nacional obtido há três meses e começou por afirmar que “nunca tinha nadado esta prova com fato de poliuretano, por isso sentia-me mais segura, porque sabia que as condições em que iria nadar eram basicamente as mesmas. E isso deixava-me mais confiante. Sabia que o tempo era bom, mas que podia ser melhorado. Estou satisfeita. Era a primeira a nadar e há sempre aquele peso do grupo estar à espera de ver como nada a primeira atleta e isso normalmente gera outros bons resultados, por isso considero que tive a missão 99 por cento cumprida.”

Durante a prova a nadadora do FC Porto/Dolce Vita revela que “senti-me bem. Tento captar não só as indicações da água, mas também do meu pensamento e da forma como estou a encarar a competição. São competições que não temos todos os dias, por isso nunca sabemos aquilo que pensamos na câmara de chamada ou no bloco em provas tão importantes e com uma competição muito mais forte do que aquela que temos nos Campeonatos Nacionais, em que pensamos de outro forma, mais individualmente, porque a competição não é tão forte, tão equilibrada. Tentei perceber a minha postura e aprender mais com isso, para estar mais tranquila e mais confiante. Para entrar nas meias-finais temos de conseguir até ao 16.º lugar e o mais importante de tudo foi isso. Sendo um tempo bom fico mais confiante.”

Sara Oliveira vai nadar os 100 e 200 mariposa, provas em que é recordista nacional. “Vou fazer prova a prova”, afirma. “Os meus recordes nacionais são os tempos que fiz nos Jogos Olímpicos de Pequim e tenho a noção que a preparação que foi feita para lá foi muito boa, o ambiente foi óptimo e a minha prestação foi muito satisfatória. Foi a altura dos fatos de poliuretano e de estarmos mais confiantes de que as coisas iam ser mais facilitadas em termos de prestação, porque tínhamos alguma coisa que era nova para nós. O meu grande objectivo são os Jogos Olímpicos e aos poucos vou ter de chegar aos meus melhores tempos para obter os mínimos e nos Jogos estar melhor do que nunca.”

A mariposista portuguesa revelou que “estou a encarar isto mais como uma etapa de auto-conhecimento, até porque estive parada no ano passado. Foi um reinício e o que vou exigir mais é a nível competitivo, não a pensar nas melhores marcas. Claro que vou tentar chegar o mais perto possível, mas é a nível competitivo que quero aprender mais ainda.”

 
 
in FPN

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